Marcas legais, Porquê?

Desde os inícios dos tempos que o universo dos metais preciosos tem sido o centro de uma indústria que até aos dias de hoje ainda pauta a economia mundial. 
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No séc XIII as leis iniciadas com D. Afonso II puniam e condenavam falsificações de artefactos em metais preciosos.
Este controlo passava por marcar com um punção os artefactos.
Marcas como letras, animais ou figuras eram utilizadas por reis, ensaiadores dependentes e independentes, câmaras municipais e artesãos culminando na atual e vigente Imprensa Nacional Casa da Moeda.
Estas medidas foram tomadas afim de se regularizar e confirmar a legalidade e pureza do material.
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Mas.....o que é afinal o "toque" de uma peça? 
Traduz-se pois por a percentagem de metal precioso utilizado na mesma afim de ser possível trabalhá-la.
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Tomemos como exemplo 1 grama de ouro. 
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Toque de 800 significa que nesse um grama 80% corresponde a ouro sendo os restantes 20% um material como cobre ou zinco para transferir dureza à peça. (o ouro no seu estado natural é mole, todos vimos em crianças filmes em que o cowboy trinca a peça para verificar se é ouro). 
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Portugal utiliza no ouro os toques de 999:916;800;750;585;375 ou 24;22;19.2;18;14;9 quilates respetivamente.
O mesmo processo se aplica à prata, paládio e platina mudando apenas os toques ou quilates de cada um. 
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